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  • Madame Lobianco

"Alô profesor "

Journal nº8 - 2/07/2021


Olá ! Inicialmente, gostaria de agradecer o convite para participar desta coluna do Le Lièrmo, com o qual sinto-me honrada.


Como minhas disciplinas são ministradas em português, assim como a professora Paz, escreverei na minha língua materna.


Sou brasileira e carioca, descendente de italianos e portugueses. Família, amigos e trabalho são muito importantes para mim.


Amo as ciências como um todo e acompanho diversas páginas e sites de jornais, revistas e instituições relacionados à história, genealogia, arqueologia, informática, meio ambiente, geografia, genética, filosofia, letras, dentre outros. Penso que a interdisciplinaridade é primordial para entender melhor a complexidade do ser humano.


Meus hobbies principais são a música, as viagens históricas, a fotografia e as trilhas (especialmente para observar pássaros).


No ensino médio, minhas disciplinas favoritas eram história e matemática e, aos 17 anos, somente duas semanas antes de serem encerradas as inscrições para o vestibular (como é chamado o acesso ao ensino superior), decidi seguir a área de história. A decisão não foi fácil, mas tenho certeza de que fiz a escolha certa. Meu pai foi professor de latim, grego e português. Tinha um grande fascínio pela história do Rio de Janeiro e literatura e nos incentivava a sempre estar lendo livros. E isso me influenciou muito. Encontrei na história e na educação a motivação para querer aprender sempre mais e a alegria com o processo de ensino-aprendizagem.

Foi na faculdade de história da Universidade Federal do Rio de Janeiro que estudei com mais profundidade a presença e a influência francesas na história do Brasil, em especial do Rio de Janeiro, e que me apaixonei por obras de vários autores da terra de Rabelais como Jacques Le Goff, George Duby, Fernand Braudel e Michel Foucault, entre outros. Senti, então, necessidade de ler essas e outras obras em sua língua original e, para isso, fiz algumas aulas particulares. Na mesma época, soube que havia uma biblioteca com esses e outros títulos no prédio do Consulado da França e fiz meu cadastro. Foram muitas e muitas horas por semana passadas lá. De fato, sempre tive admiração pela cultura francesa e de como ela é valorizada por seus pares.


Além das obras históricas, outros livros, músicas e filmes franceses também marcaram diferentes momentos de minha vida: “Le petit prince”, “Plein soleil”, “Le fabuleux destin d'Amélie Poulain”, Édith Piaf, Charles Aznavour, além do conjunto da obra de François Couperin, especialmente com as peças tocadas com cravo.


Procurando entender melhor a história do direito à educação, a legislação relacionada a esse tema e complementar meus conhecimentos históricos e geográficos, busquei no Direito uma nova formação, concluída em 2016. Três anos mais tarde, o francês se fez presente em minha vida mais uma vez, ao entrar para o Lycée Molière. Ali, além de me sentir muito bem acolhida por todos, tenho tido uma experiência muito enriquecedora ao trabalhar nessa troca cultural com um corpo discente de excelência e um corpo docente curioso e muito aplicado. Afinal, a “curiosidade” é a “mãe” da ciência que, com os questionamentos e a capacidade crítica, desenvolvem nosso raciocínio e conhecimento.

Como dizia o educador e filósofo brasileiro, Paulo Freire, “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”.

Madame Lobianco


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